Globalização,
movimentos migratórios e territorialidades
Pesquisar e realizar atividades acadêmicas sobre a relação
entre espaços e identidades sexuais e de gênero em contexto globalizado, com
enfoque nos diferentes deslocamentos. Elaborar estudos que analisem os atuais
movimentos transnacionais, deslocamentos oriundos da participação em organizações
coletivas e movimentos sociais, ou motivados por questões afetivo-sexuais, os
quais envolvem homens, mulheres, transexuais, travestis, heterossexuais,
homossexuais e bissexuais brasileiros/as no âmbito de diferentes processos de
trânsitos, tais como movimentos migratórios,
inserção em novos contextos organizacionais no mundo do trabalho, os
conhecidos contatos no âmbito do que vem sendo chamado mercado internacional de
sexo, bem como aqueles relacionados ao
movimento de sujeitos que cruzam fronteiras enquanto participantes de
organizações e mobilizações políticas.
Instituições,
práticas, poder e violência
Desenvolver pesquisas e realizar atividades acadêmicas sobre
as práticas sociais e discursivas implementadas pelas instituições para
produzirem a sexualidade e os gêneros inteligíveis. A escola, o Direito, as
famílias, as instituições médicas, os sistemas de saúde, os ambientes
organizacionais, as religiões e o Estado são instituições que reproduzem os
gêneros e a sexualidade, a partir de múltiplas configurações e estratégicas
discursivas, sendo a misoginia, homofobia expressões dessas práticas que
produzem discriminação e violência. A linha de pesquisa estará voltada também
para pensar as práticas sociais e contradiscursos que promovem resistências e
transformações e que, atualmente, estão orientadas pelos princípios dos
Direitos Humanos.
Identidades, performances e subjetividades
Pesquisar e realizar atividades acadêmicas os processos
históricos, sociais, culturais articulados para a construção das identidades,
performances, subjetividades de gênero. Analisar a importância de marcadores da
diferença social (classes sociais, geração, sexualidade e etnicidade) na
produção plural das subjetividades, performances e representações de gênero.
Analisar as tecnologias (cirurgias, práticas esportivas, moda, tatuagens) e os
discursos (do direito, da saúde, do serviço social, da psicologia, da
filosofia, da educação, da mídia etc.) como construtos sócio-culturais que
produzem gêneros inteligíveis (homem/masculino, mulher/feminino) e gêneros
dissidentes (travestis, transexuais, intersexos, cross dress, drag king, drag
queen).
Crítica, conhecimento e teoria social
Esta linha volta-se à hermenêutica e epistemologia dos
fenômenos que se oferecem à observação na esfera das sexualidades e das
construções de gênero. Por esse viés, volta-se à construção, discussão e
proposição de problemas no âmbito das conceituações e teorizações da esfera
própria do conhecimento teórico e abstrato em perspectiva crítica. Atividade
que pretendemos desenvolver, prioritariamente, embora não exclusivamente, em
relação ao campo temático ao qual o TIRÉSIAS se vincula.
Práticas discursivas e produção de sentido
Articular estudos, pesquisas e atividades no campo das
expressões artísticas (literatura, cinema, teatro etc), da mídia (jornal,
telenovelas, rádio, publicidade etc), das narrativas e da memória (biografia,
(auto) biografia, memoriais, ensaios, diários de campo, cadernos, relatos
orais, cartas, documentos oficiais etc). Focaliza como essas linguagens
produzem sentidos, reiteram ou rompem os discursos hegemônicos relacionados às
representações e práticas sociais da sexualidade e do gênero. Tais inscrições
articulam convergências multidisciplinares, tanto na esfera pública, como no
âmbito da vida privada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário